Ucrânia não permitirá que Rússia engane EUA, diz Zelensky
- Luana Valente

- 10 de ago.
- 2 min de leitura
Declaração do presidente ucraniano antecede encontro marcado para a próxima sexta entre Trump e Putin, no Alasca

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, (foto), afirmou em pronunciamento na noite deste domingo, 10, que os objetivos da Rússia nas próximas negociações de paz são “enganar” os Estados Unidos, mas que a Ucrânia não permitirá que essa estratégia tenha sucesso.
A declaração antecede o encontro marcado para a próxima sexta-feira, 15, entre o presidente Donald Trump e o ditador russo Vladimir Putin, no Alasca. Segundo o jornal americano Wall Street Journal, Trump e Putin devem discutir uma proposta russa apresentada na última quarta-feira, 6, que pede o controle do leste da Ucrânia em troca do fim do conflito.
Zelensky afirmou que a Ucrânia está em “contato constante” com parceiros nos EUA para garantir a paz e acrescentou:
“Entendemos a intenção dos russos de tentar enganar a América — não permitiremos isso.” Ele elogiou o compromisso de Trump em salvar vidas e disse que a “única causa raiz” da guerra é o desejo de conquista de Putin.
“Nós, na Ucrânia, conhecemos bem a Rússia, e é por isso que, em condições extremamente difíceis, os ucranianos suportaram mais de três anos de guerra em larga escala. Defenderemos certamente nosso Estado e nossa independência”, afirmou Zelensky.
“Todos podem ver que a Rússia não deu um único passo real em direção à paz, nem um passo no terreno ou no ar que pudesse salvar vidas”, disse, citando ataques recentes em Zaporizhzhia.
“Por isso, são necessárias sanções, pressão. É necessária força — principalmente a força dos Estados Unidos, a força da Europa, a força de todas as nações do mundo que querem paz e tranquilidade nas relações internacionais. Se a Rússia não quer parar a guerra, então devemos parar sua economia.”
Zelensky afirmou ainda que Kiev tem colaborado intensamente “com todos que respeitam o direito internacional” para exercer pressão sobre a Rússia e alcançar uma paz justa. Ele disse que “tudo que concerne à Ucrânia deve ser decidido com a participação da Ucrânia.”
Encontro trilateral?
Embora sua presença na reunião de 15 de agosto não esteja confirmada, fontes da Casa Branca disseram à CNN e à NBC que sua participação em conversa trilateral ainda é possível, com encontros previstos possivelmente após a reunião entre Trump e Putin.
Mais cedo, como mostramos, o vice-presidente dos EUA, JD Vance, disse que a Casa Branca trabalha para organizar um encontro entre Putin, Zelensky e Trump.
Antes do anúncio oficial do encontro com Putin, Trump disse a repórteres que um acordo para encerrar a guerra provavelmente incluiria “alguma troca de territórios.”
Autoridades ucranianas e europeias, porém, rejeitaram o plano de Putin e apresentaram uma contraproposta às autoridades americanas, segundo o Wall Street Journal.
A Europa defende que o futuro da Ucrânia só pode ser discutido com sua participação e que representantes da União Europeia devem estar envolvidos em qualquer negociação com a Rússia.
Via O Antagonista






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