“Vitória”, celebra relator da CPMI sobre prisão de “Careca do INSS” e exalta decisão de Mendonça

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Em um desdobramento marcante da investigação sobre fraudes bilionárias contra aposentados e pensionistas, o deputado federal Alfredo Gaspar (União-AL), relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, celebrou publicamente a prisão de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, e de seu sócio Maurício Camisotti. A medida foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, após pedido formalizado por Gaspar há dez dias.

Segundo o relator, a prisão representa uma resposta concreta à indignação popular diante da impunidade que cercava os acusados. “Parabéns pela coragem, ministro André Mendonça! O povo esperava essa atitude! A CPMI dando resultado! Vamos até o fim!”, declarou Gaspar em vídeo publicado nas redes sociais.

As investigações apontam que o esquema criminoso desviou cerca de R$ 6,3 bilhões por meio de descontos indevidos em benefícios previdenciários. Antunes, apontado como operador central da fraude, teria movimentado R$ 53 milhões, valor incompatível com sua renda declarada de R$ 24 mil mensais. Camisotti, por sua vez, é acusado de atuar como sócio oculto em entidades envolvidas no esquema.

Gaspar criticou a demora da Polícia Federal em agir, destacando que seu pedido de prisão foi feito antes mesmo de qualquer iniciativa da corporação. “Fui criticado. Mas o tempo é o senhor da razão”, afirmou o parlamentar.

A prisão preventiva foi autorizada com base em indícios de autoria e materialidade dos crimes, além do risco de fuga e ocultação patrimonial por parte dos investigados. A CPMI agora pretende solicitar ao STF que Antunes seja conduzido ao Senado para prestar depoimento na próxima semana.

A operação, batizada de “Sem Desconto”, também cumpriu 13 mandados de busca e apreensão em São Paulo e no Distrito Federal. A defesa dos acusados nega irregularidades e afirma colaborar com as autoridades.

A decisão de Mendonça foi amplamente elogiada por membros da CPMI, que aprovaram por unanimidade o pedido de prisão. Gaspar destacou que a ação representa um avanço na luta contra a impunidade e um passo importante para a responsabilização dos envolvidos. “Essa é apenas a primeira vitória. Nós vamos até o fim”, concluiu.