Arthur Lira critica aliança entre governo Lula e STF
- Luana Valente
- 21 de ago. de 2024
- 2 min de leitura

Em um almoço recente para discutir a crise das emendas parlamentares, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), expressou sua insatisfação com o que considera ser uma "tabelinha" entre o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Supremo Tribunal Federal (STF). Lira afirmou que essa aliança estaria prejudicando o Legislativo, especialmente após a decisão do STF de suspender todas as emendas impositivas apresentadas por deputados e senadores.
Durante o encontro, que contou com a presença de ministros do STF, do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e de ministros do governo, Lira descreveu a relação entre os Três Poderes como um "2 a 1", sugerindo uma parceria entre o Judiciário e o Executivo contra o Legislativo. A reunião, organizada pelo ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF, teve momentos de tensão, com Lira manifestando seu descontentamento de forma enfática.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, respondeu às críticas de Lira, afirmando que suas decisões são baseadas em fundamentos técnicos e na Constituição Federal. Dino também tentou descontrair o ambiente ao mencionar, em tom de brincadeira, que suas decisões são influenciadas por sua esposa. No entanto, a tensão aumentou quando Dino usou o termo "rachadinha" para se referir às emendas de bancada, o que irritou Lira.
Este episódio ocorre em um contexto de relações já estremecidas entre Lira e o governo Lula. Recentemente, Lira destravou duas Propostas de Emenda à Constituição (PECs) que limitam os poderes do STF, em resposta à decisão do Supremo de restringir a execução das emendas parlamentares.
A situação evidencia a complexa dinâmica entre os Poderes no Brasil, com Lira buscando reafirmar a autonomia do Legislativo frente ao Executivo e ao Judiciário.
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