
São Paulo — Em um movimento inesperado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou que o candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB, Pablo Marçal, está autorizado a participar do ato de 7 de Setembro na Avenida Paulista. A decisão foi divulgada em um vídeo nas redes sociais nesta quarta-feira (28), onde Bolsonaro afirmou que todos os candidatos à Prefeitura da capital paulista estão convidados a subir no carro de som durante o evento.
O ato, organizado pelo pastor Silas Malafaia, é descrito como uma manifestação "em defesa da democracia e da liberdade" e tem como um dos objetivos pressionar pelo impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), um conhecido desafeto do bolsonarismo. Bolsonaro, que apoia publicamente a reeleição do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), justificou a abertura para outros candidatos como uma forma de manter o caráter suprapartidário do evento.
Apesar da autorização, Bolsonaro deixou claro que nenhum dos candidatos poderá fazer discursos durante o ato, enfatizando que o evento não será um comício político, mas sim uma celebração patriótica. A decisão de incluir Marçal, que tem ganhado popularidade entre os eleitores bolsonaristas, é vista por alguns analistas como uma tentativa de Bolsonaro de se distanciar de Nunes, cuja campanha tem enfrentado dificuldades.
A presença de Marçal no evento ainda não foi confirmada, mas a inclusão de seu nome já gerou especulações sobre possíveis tensões entre os apoiadores de Bolsonaro e Nunes. O prefeito, que confirmou sua participação, pode enfrentar um ambiente hostil na Avenida Paulista, onde a base bolsonarista tem mostrado crescente apoio a Marçal.
O ato de 7 de Setembro promete ser um evento significativo no cenário político paulistano, refletindo as complexas dinâmicas de poder e alianças dentro do bolsonarismo.
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