Cerca de 200 mil palestinos retornam ao norte de Gaza após início do ‘pacto Trump’ e cessar-fogo entre Israel e Hamas
- Luana Valente

- 11 de out.
- 2 min de leitura

Em meio a um dos momentos mais delicados do conflito entre Israel e o grupo Hamas, cerca de 200 mil palestinos deslocados retornaram ao norte da Faixa de Gaza nesta sexta-feira (10), após o início de um cessar-fogo mediado por líderes internacionais e articulado diretamente pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O acordo, informalmente apelidado de “pacto Trump”, foi aprovado pelo governo israelense na quinta-feira (9) e entrou em vigor ao meio-dia (6h em Brasília) de sexta-feira. A trégua prevê, entre outros pontos, a libertação de reféns israelenses em até 72 horas e o reposicionamento das tropas das Forças de Defesa de Israel (IDF) ao longo de novas linhas de destacamento.
Segundo Mahmud Basal, porta-voz da Defesa Civil de Gaza, o retorno em massa começou nas primeiras horas do cessar-fogo. “Aproximadamente 200.000 pessoas voltaram ao norte de Gaza hoje”, declarou Basal, conforme reportado pelo Times of Israel.
Apesar da trégua, o cenário encontrado pelos palestinos é devastador. Muitos dos que retornaram às suas casas encontraram bairros completamente destruídos por semanas de intensos bombardeios. A Defesa Civil alertou que algumas áreas continuam extremamente perigosas, e as IDF reforçaram que manterão operações pontuais para eliminar “ameaças imediatas”.
O acordo foi resultado de intensas negociações realizadas no Egito, com participação de delegações dos Estados Unidos, Catar e representantes da ONU. A presença de Donald Trump nas tratativas foi decisiva para destravar pontos sensíveis, como o cronograma de retirada das tropas israelenses e a logística para o retorno dos reféns.
A expectativa agora gira em torno da efetividade da trégua e da capacidade das autoridades locais e internacionais de garantir segurança e assistência humanitária aos milhares de civis que retornam a uma região marcada pela destruição e escassez de recursos básicos.






Comentários