CPMI do INSS rebate críticas da OAB e reafirma compromisso com justiça aos aposentados

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A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, presidida pelo senador Carlos Viana (Podemos-MG), divulgou nota oficial nesta sexta-feira em resposta às manifestações da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que criticou a condução dos trabalhos da comissão e apontou desrespeito às prerrogativas da advocacia durante sessão recente.

A reação da CPMI veio após um episódio de tensão envolvendo o advogado Cleber Lopes, defensor de Antônio Carlos Camilo Antunes — conhecido como “Careca do INSS” — suspeito de liderar um esquema bilionário de fraudes em benefícios previdenciários. Durante a sessão, houve bate-boca entre parlamentares e o advogado, o que motivou a OAB a emitir nota de repúdio, classificando o tratamento como “inaceitável” e uma afronta à Constituição.

Em sua resposta, o senador Carlos Viana reconheceu o valor das prerrogativas da advocacia, mas destacou que elas “não se confundem com imunidade absoluta” e não podem servir como escudo para impedir investigações de crimes graves. “Cada parlamentar responde pessoalmente por suas manifestações. Não é correto reduzir longas horas de trabalho sério, pautado em documentos e provas, a um instante isolado de exaltação”, afirmou.

Viana também reforçou o papel constitucional da CPMI como instrumento legítimo de investigação do Parlamento e reafirmou o foco da comissão: apurar responsabilidades no que classificou como “um dos maiores escândalos contra aposentados da história do Brasil”. Segundo ele, milhões de brasileiros foram lesados por práticas fraudulentas e merecem respostas concretas.

A nota oficial da CPMI encerra com o compromisso de seguir firme na busca pela verdade, respeitando a Constituição e os direitos dos cidadãos, mas sem abrir mão da apuração rigorosa dos fatos. “Nossa missão não se desloca. É a eles — os aposentados — que devemos respostas. A eles se dirige a nossa responsabilidade”, concluiu o senador.