Defesa de Bolsonaro pede a Moraes autorização “com máxima urgência” para cirurgia
- Luana Valente

- há 8 horas
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Advogados alegam agravamento do quadro clínico e reforçam pedido de prisão domiciliar
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), preso desde 22 de novembro na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, protocolou nesta segunda-feira (15) um novo pedido ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para que o político seja autorizado a realizar uma cirurgia considerada de “máxima urgência”. Segundo os advogados, exames recentes apontaram a necessidade imediata de intervenção médica, incluindo uma herniorrafia inguinal bilateral e procedimentos complementares.
O primeiro pedido havia sido feito em 9 de dezembro, quando Moraes determinou a realização de perícia médica pela Polícia Federal e autorizou exames de imagem. No entanto, relatórios médicos posteriores, assinados pelo médico particular de Bolsonaro, Claudio Birolini, reforçaram a necessidade da cirurgia, destacando o risco de agravamento do quadro clínico caso o procedimento não seja realizado prontamente.
De acordo com documentos apresentados ao STF, ultrassonografias realizadas no último fim de semana identificaram duas hérnias inguinais, com recomendação expressa de cirurgia urgente. A defesa argumenta que a demora pode comprometer a saúde do ex-presidente e insiste na transferência para um hospital, além de reiterar o pedido de prisão domiciliar humanitária, alegando que as condições médicas não podem ser adequadamente atendidas dentro da unidade prisional.
O ministro Alexandre de Moraes havia autorizado exames complementares e solicitado perícia oficial, mas ainda não se manifestou sobre o novo pedido. A defesa sustenta que o agravamento do quadro clínico torna a intervenção inevitável e que a urgência deve ser considerada pelo Supremo.
O caso reacende o debate sobre o equilíbrio entre a execução da pena e o direito à saúde de presos, especialmente figuras públicas. Enquanto a defesa pressiona por uma decisão rápida, o STF avalia os relatórios médicos e os pareceres oficiais para decidir se Bolsonaro será transferido para realizar o procedimento cirúrgico fora da prisão.






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