Deputado dos EUA solicita sanções urgentes contra Alexandre de Moraes por suposta repressão transnacional
- Luana Valente
- há 6 horas
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O deputado republicano Christopher H. Smith, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Estados Unidos, enviou uma carta ao secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, solicitando a imposição de sanções urgentes contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil. A iniciativa ocorre após o depoimento do jornalista brasileiro Paulo Figueiredo ao Congresso americano, no qual ele alegou ser alvo de perseguição judicial por parte do magistrado brasileiro.
Na correspondência, datada de 25 de junho de 2025, Smith acusa Moraes de liderar uma campanha de “repressão transnacional” contra cidadãos brasileiros residentes nos Estados Unidos. Segundo o parlamentar, autoridades brasileiras estariam utilizando mecanismos da Interpol para perseguir dissidentes no exterior, além de pressionar empresas americanas a restringirem a liberdade de expressão e tentarem aplicar ordens judiciais brasileiras em território norte-americano.
Smith afirma que tais ações representam uma ameaça à soberania dos EUA e à integridade de suas instituições legais e tecnológicas. Ele também criticou a ausência de resposta de Moraes a uma carta enviada em junho de 2024, na qual já expressava preocupações semelhantes.
O deputado pediu que a administração norte-americana atue com celeridade, utilizando instrumentos como a Lei Magnitsky — legislação que permite sanções contra estrangeiros acusados de violações de direitos humanos — para responsabilizar Moraes e outras autoridades brasileiras supostamente envolvidas.
A carta de Smith intensifica a pressão internacional sobre o STF em meio a uma crescente mobilização de figuras ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro nos Estados Unidos. O próprio Paulo Figueiredo,
que está sendo acusado no Brasil de envolvimento em uma suposta tentativa de golpe de Estado, e nega as acusações, alegando perseguição política.
Até o momento, o governo brasileiro não se pronunciou oficialmente sobre o pedido de sanções.
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