Destróier dos EUA chega a Trinidad e Tobago e acende alerta na costa da Venezuela

EFE/Andrea De Silva

Em um movimento que intensifica a presença militar dos Estados Unidos no Caribe, o navio de guerra USS Gravely, equipado com lançadores de mísseis, atracou neste domingo (26) no porto de Port of Spain, capital de Trinidad e Tobago. A visita, que se estenderá até o dia 30 de outubro, ocorre em um momento de escalada nas tensões entre Washington e Caracas, além de recentes atritos com Bogotá.

A chegada do destróier foi anunciada oficialmente pelo governo de Trinidad e Tobago na última quinta-feira (23). A primeira-ministra Kamla Persad-Bissessar, conhecida por seu alinhamento com o presidente americano Donald Trump, confirmou que o país receberá uma unidade de fuzileiros navais dos EUA para treinamentos conjuntos com as forças locais durante a estadia do navio.

Segundo fontes do Departamento de Guerra dos Estados Unidos, o deslocamento do USS Gravely faz parte de uma estratégia para intensificar o combate ao narcotráfico na região e aumentar a pressão sobre o governo venezuelano de Nicolás Maduro. A presença militar americana é vista por Caracas como uma “provocação hostil”, especialmente diante da proximidade geográfica — a ponta ocidental de Trinidad e Tobago está a cerca de dez quilômetros da costa venezuelana.

O destróier USS Gravely é parte da classe Arleigh Burke, conhecida por sua capacidade de defesa aérea e guerra antissubmarina. A embarcação tem sido utilizada em operações estratégicas em diferentes partes do mundo, e sua presença no Caribe reforça o interesse dos Estados Unidos em manter influência sobre a segurança regional.

A visita do navio também ocorre em meio a especulações sobre possíveis ações militares americanas contra redes de tráfico de drogas que operam na Venezuela. Embora não haja confirmação oficial sobre operações ofensivas, analistas apontam que o deslocamento do USS Gravely pode servir como demonstração de força e alerta diplomático.