
Em uma reviravolta no mercado financeiro, o dólar caiu para R$ 5,91 nesta quarta-feira, 22, após um aceno estratégico do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, à China. A decisão de Trump de adotar uma abordagem mais comedida e estratégica na imposição de tarifas de importação foi bem recebida pelos investidores, reduzindo a percepção de risco à economia global.
No mercado à vista, o dólar recuou 1,40%, fechando a R$ 5,9465, o menor nível desde 27 de novembro de 2024. A mudança na política tarifária de Trump, que agora pretende taxar em 10% as importações de produtos chineses, surpreendeu o mercado, já que durante a campanha ele havia prometido uma taxação de até 60%.
Além disso, Trump indicou que seu objetivo ao taxar produtos do México e Canadá é antecipar a renegociação do acordo de livre-comércio entre esses países e os Estados Unidos para 2025.
Economistas destacam que a abordagem menos bélica e mais estratégica da Casa Branca está deixando o mercado com menos risco. A percepção de que a política tarifária de Trump não será tão dura é relevante, pois afeta diretamente a expectativa em torno do resultado da balança comercial.
A queda do dólar também foi influenciada pela velocidade das perdas e pelo rompimento de níveis psicológicos relevantes, como a barreira dos R$ 6. No entanto, o fluxo de dólares para fora do Brasil ainda é relativamente grande, o que pode representar um obstáculo para a valorização do real.
A decisão de Trump de adotar uma postura mais estratégica nas tarifas de importação pode ter um impacto significativo no comércio internacional e nas relações econômicas globais.
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