Eduardo Bolsonaro celebra possível sanção dos EUA a Alexandre de Moraes

VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) comemorou publicamente a declaração do secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, sobre a possibilidade de sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A manifestação ocorreu após Rubio afirmar, durante uma audiência na Câmara dos Representantes dos EUA, que o governo americano está analisando a aplicação de medidas contra Moraes com base na Lei Global Magnitsky, que permite sanções a autoridades estrangeiras acusadas de violações de direitos humanos.

A declaração de Rubio foi feita em resposta a uma pergunta do deputado republicano Cory Lee Mills, que recentemente se reuniu com Eduardo Bolsonaro e outros parlamentares brasileiros. Em sua conta no X (antigo Twitter), Eduardo celebrou a fala do secretário americano, escrevendo: “Venceremos!”.

A possibilidade de sanção contra Moraes já havia sido discutida anteriormente por parlamentares americanos, mas esta é a primeira vez que um membro do governo dos EUA se pronuncia diretamente sobre o tema. No início do ano, congressistas republicanos solicitaram formalmente que Rubio e o ex-presidente Donald Trump considerassem a aplicação da Lei Magnitsky contra Moraes.

A reação no Brasil foi imediata. O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, solicitou à Procuradoria-Geral da República (PGR) a prisão de Eduardo Bolsonaro, alegando que o deputado estaria atentando contra a soberania nacional ao buscar sanções externas contra um ministro do STF. Eduardo, por sua vez, rebateu as acusações, afirmando que a ação comprova um “sequestro do Judiciário” pela esquerda.

A Lei Magnitsky, citada por Rubio, prevê sanções como o bloqueio de bens e contas bancárias nos Estados Unidos, além da proibição de entrada no país. A legislação foi criada em 2012 para punir autoridades envolvidas em violações graves de direitos humanos e corrupção.