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Eduardo Bolsonaro rejeita acordo por redução de penas e critica Paulinho, Temer e Aécio

Lula Marques
Lula Marques

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se posicionou publicamente contra as articulações em curso na Câmara dos Deputados que visam à redução das penas dos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. Em declarações contundentes nas redes sociais, o parlamentar rejeitou qualquer proposta que substitua a anistia ampla, geral e irrestrita por uma simples dosimetria penal, classificando tais iniciativas como “acordo indecoroso e infame”.


A crítica de Eduardo Bolsonaro tem como alvo principal o deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), relator do projeto que busca uma alternativa à anistia plena. Paulinho, que se reuniu recentemente com o ex-presidente Michel Temer (MDB) e o deputado Aécio Neves (PSDB-MG), defende uma proposta que contemple apenas a redução das penas impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), evitando confrontos institucionais com a Corte.


Eduardo, que atualmente reside nos Estados Unidos, acusou Paulinho de colaborar com um “regime de exceção” e alertou que qualquer colaborador de autoridades sancionadas por violações de direitos humanos pode ser alvo de sanções internacionais. A referência indireta foi ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, que recentemente foi sancionado pelo governo norte-americano após articulações do próprio deputado.


Além de Paulinho, Eduardo Bolsonaro também criticou Michel Temer, relembrando o episódio de 2021 em que o ex-presidente intermediou a redação da “Carta à Nação” entre Jair Bolsonaro e Moraes. Segundo Eduardo, os compromissos firmados naquela ocasião não foram cumpridos, o que levanta dúvidas sobre a confiabilidade de Temer em novas negociações.


Aécio Neves também foi alvo das críticas. Eduardo o acusou de ter sido beneficiado por acordos políticos anteriores e de atuar como porta-voz de uma “moderação” que, segundo ele, apenas perpetua injustiças. “Vocês nos subestimaram”, afirmou o deputado, em tom de desafio.


A proposta de anistia, agora reformulada como “PL da Dosimetria”, segue em tramitação acelerada após a aprovação de urgência pela Câmara. O relator Paulinho da Força busca construir um texto que seja politicamente viável e que contemple diferentes interesses partidários, mas enfrenta forte resistência da ala bolsonarista, que exige o perdão total aos envolvidos nos atos antidemocráticos.



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