Efeito Lula: Confiança empresarial no Brasil registra terceira queda consecutiva, aponta FGV

Nesta segunda-feira (1º), a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou que o Índice de Confiança Empresarial (ICE) caiu pela terceira vez consecutiva, sinalizando um cenário de crescente cautela entre os setores produtivos do país. Em agosto, o indicador recuou 2,4 pontos em relação a julho, atingindo 88,2 pontos — o menor nível desde março de 2021.

Desaceleração econômica preocupa empresários

Segundo a FGV, o resultado reflete uma intensificação da tendência de desaceleração da atividade econômica e uma deterioração das expectativas para os próximos meses. O superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), Aloisio Campelo Junior, destacou que o desempenho negativo foi puxado principalmente pela Indústria de Transformação, cujo índice de confiança caiu de perto dos 100 pontos no início do ano para próximo dos 90, limiar entre o pessimismo moderado e acentuado.

Detalhamento dos indicadores

• O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) caiu 1,3 ponto, chegando a 91,7 pontos.

• O Índice de Expectativas (IE-E) teve queda de 3,4 pontos, atingindo 84,8 — o menor patamar desde junho de 2020, durante a pandemia.

• A demanda prevista para os próximos três meses recuou 3,6 pontos, enquanto a expectativa para evolução dos negócios em seis meses caiu 3,3 pontos.

Setores avaliados

O ICE é composto por dados das sondagens da Indústria, Serviços, Comércio e Construção, ponderados conforme a participação de cada setor na economia nacional. A metodologia busca oferecer uma leitura mais integrada e precisa sobre o ritmo da atividade econômica brasileira.

A sequência de quedas no índice acende um alerta para os formuladores de políticas públicas e investidores, que acompanham de perto os sinais de confiança do empresariado como termômetro da saúde econômica do país.