EUA dobram recompensa por captura de Nicolás Maduro para US$ 50 milhões

Federico Parra/AFP

O governo dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira (7), o aumento da recompensa por informações que levem à prisão ou condenação do presidente venezuelano Nicolás Maduro. O valor passou de US$ 25 milhões para US$ 50 milhões — cerca de R$ 270 milhões.

A procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, afirmou que Maduro representa uma ameaça à segurança nacional americana e o classificou como “um dos maiores narcotraficantes do mundo” B. Segundo o Departamento de Justiça, o líder venezuelano é acusado de:

• Conspiração para narcoterrorismo

• Tráfico internacional de drogas

• Importação de cocaína

• Uso de armas em apoio a crimes ligados ao narcotráfico

Maduro também é apontado como chefe do Cartel de los Soles, recentemente classificado pelos EUA como organização terrorista internacional.

As autoridades americanas já apreenderam mais de US$ 700 milhões em bens ligados a Maduro, incluindo jatos particulares e veículos de luxo. Além disso, foram interceptadas 30 toneladas de cocaína supostamente relacionadas ao presidente e seus aliados — sendo cerca de 7 toneladas diretamente associadas a ele. Parte da droga estaria misturada com fentanil, um opioide sintético que tem causado uma crise de saúde pública nos EUA.

A medida ocorre após os impasses da reeleição de Maduro em julho de 2024, considerada ilegítima por Washington e amplamente contestada por observadores internacionais. O opositor Edmundo González, reconhecido por parte da comunidade internacional como vencedor do pleito, foi forçado ao exílio após perseguições políticas.

O governo venezuelano ainda não respondeu oficialmente ao novo anúncio. Em ocasiões anteriores, autoridades chavistas classificaram ações semelhantes como “operações de propaganda política” e reafirmaram que “a dignidade da pátria não está à venda”.

Maduro continua no poder e mantém relações com países ditatoriais como Rússia, China e Irã.