EUA pedem à China que pressione o Irã a manter aberto o Estreito de Ormuz

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Washington — Em meio à crescente tensão no Oriente Médio, os Estados Unidos solicitaram neste domingo que a China intervenha diplomaticamente junto ao Irã para evitar o fechamento do Estreito de Ormuz, uma das rotas marítimas mais estratégicas do mundo. O apelo foi feito pelo secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, após o parlamento iraniano aprovar uma proposta para bloquear o tráfego no canal, por onde transita cerca de 20% do petróleo global.

Durante entrevista à Fox News, Rubio afirmou que “seria um suicídio econômico” para o Irã fechar o estreito e alertou que a medida prejudicaria “as economias de outros países muito mais do que a nossa” A. Ele destacou ainda que a China, principal compradora do petróleo que passa por Ormuz, tem influência significativa sobre Teerã e poderia desempenhar um papel crucial na contenção da crise.

O pedido norte-americano ocorre após uma ofensiva militar dos EUA contra instalações nucleares iranianas, autorizada pelo presidente Donald Trump. Os ataques atingiram os complexos de Fordow, Natanz e Isfahan, considerados centrais para o programa nuclear iraniano. Segundo autoridades americanas, foram utilizadas 14 bombas anti-bunker, mísseis Tomahawk e mais de 125 aeronaves na operação.

Em resposta, o Irã prometeu retaliar e o parlamento aprovou a proposta de fechamento do estreito. A decisão final, no entanto, depende do líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, que ainda não se pronunciou oficialmente.

A embaixada chinesa em Washington não comentou imediatamente o pedido dos EUA. Analistas internacionais alertam que um bloqueio no Estreito de Ormuz poderia desencadear uma crise energética global, afetando diretamente os mercados da Ásia, Europa e América Latina.

A escalada de tensões teve início em 13 de junho, quando Israel lançou ataques aéreos contra alvos iranianos. Desde então, o conflito se intensificou, com o Irã retaliando contra cidades israelenses e os EUA intervindo militarmente.

Rubio concluiu sua declaração afirmando que os EUA permanecem abertos ao diálogo, mas não tolerarão ameaças à estabilidade regional. “Temos opções para lidar com a situação, mas é do interesse de todos que o estreito permaneça aberto”, disse.