EUA prometem resposta à condenação de Bolsonaro, classificada como “caça às bruxas” pelo governo Trump
- Luana Valente

- 11 de set.
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O governo dos Estados Unidos, liderado pelo presidente Donald Trump, reagiu com veemência à condenação do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Em declarações públicas, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, afirmou que os EUA “responderão adequadamente” ao que classificou como uma “caça às bruxas” promovida pelo Judiciário brasileiro.
A condenação de Bolsonaro, formalizada nesta quinta-feira, impôs ao ex-mandatário uma pena de 27 anos e 3 meses de prisão por crimes relacionados à tentativa de golpe de Estado, organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, entre outros. A decisão foi tomada por maioria de votos no colegiado do STF, com quatro dos cinco ministros votando pela condenação.
Rubio, em publicação nas redes sociais, acusou o ministro Alexandre de Moraes — relator do processo — de ser um “violador de direitos humanos” e criticou duramente o que chamou de “perseguições políticas” contra Bolsonaro. “Os Estados Unidos responderão à altura desta caça às bruxas”, escreveu o secretário.
O presidente Donald Trump também se manifestou, dizendo estar “surpreso” com a decisão da Corte brasileira. “Achei que ele foi um bom presidente do Brasil. É muito parecido com o que tentaram fazer comigo, mas não conseguiram”, declarou Trump ao deixar a Casa Branca rumo a Nova York.
A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, reforçou que o governo norte-americano considera a liberdade de expressão uma prioridade global e que Trump “não tem medo de usar o poder econômico e militar” para proteger esse direito em qualquer parte do mundo. Apesar disso, Leavitt afirmou que não há, até o momento, medidas concretas como sanções ou tarifas adicionais sendo estudadas contra o Brasil.
A repercussão internacional da condenação de Bolsonaro reacende tensões diplomáticas entre os dois países, especialmente diante da postura crítica adotada por Washington. Analistas apontam que a retórica do governo Trump pode influenciar futuras negociações bilaterais e comprometer o ambiente político entre as nações.






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