Ex-assessor de Moraes afirma ter sido procurado pelos EUA para envio de documentos sobre supostas fraudes no TSE
- Luana Valente

- 17 de set.
- 2 min de leitura

Em depoimento à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, o ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes, Eduardo Tagliaferro, declarou que foi procurado por representantes dos Estados Unidos com o objetivo de obter documentos que comprovariam supostas irregularidades cometidas pelo gabinete do ministro durante sua presidência no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Tagliaferro, que chefiou a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação no TSE, afirmou que o contato internacional ocorreu enquanto ele estava na Itália, país onde atualmente reside e é alvo de pedido de extradição feito pelo Supremo Tribunal Federal (STF). “Os Estados Unidos me procuraram para eu poder levar o material, mas eu não tenho lado político. Eu nunca fui uma pessoa envolvida com política”, disse durante a oitiva.
O ex-assessor apresentou documentos que, segundo ele, indicariam manipulação de datas em petições utilizadas para justificar operações da Polícia Federal. Um dos exemplos citados envolve um documento técnico que teria sido criado em 28 de agosto de 2022, mas incluído no processo com data retroativa de 22 de agosto, o que, segundo Tagliaferro, teria servido como respaldo jurídico indevido para uma ação policial.
O depoimento de Tagliaferro ocorre no contexto do processo que pode levar à cassação do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), atualmente presa na Itália. Zambelli participou da sessão por videoconferência e fez perguntas ao ex-assessor. A parlamentar é acusada de envolvimento em ações ilegais, incluindo a orientação ao hacker Walter Delgatti para invadir sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserir um falso mandado de prisão contra Moraes.
Em nota, o ministro Alexandre de Moraes negou qualquer irregularidade e afirmou que todos os procedimentos de investigação foram realizados conforme os protocolos legais. A assessoria do TSE teria sido acionada para recolher dados e repassá-los às autoridades competentes.
O depoimento de Tagliaferro ocorre no contexto do processo que pode levar à cassação do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), atualmente presa na Itália. Zambelli participou da sessão por videoconferência e fez perguntas ao ex-assessor. A parlamentar é acusada de envolvimento em ações ilegais, incluindo a orientação ao hacker Walter Delgatti para invadir sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserir um falso mandado de prisão contra Moraes.
A CCJ segue ouvindo testemunhas indicadas pela defesa de Zambelli, enquanto o caso avança para possível deliberação no plenário da Câmara.






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