Exército envia ao STF explicações sobre visitas a militares presos
- Luana Valente
- 27 de dez. de 2024
- 1 min de leitura

Em resposta a uma determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o Exército Brasileiro enviou explicações detalhadas sobre as visitas recebidas por militares presos, investigados por tentativa de golpe de Estado. O ministro havia dado um prazo de 48 horas para que os comandos militares esclarecessem as visitas frequentes aos generais Walter Braga Netto e Mário Fernandes, e aos tenentes-coronéis Hélio Lima e Rodrigo Azevedo.
Segundo o documento enviado ao STF, o Exército negou qualquer irregularidade nas visitas. A corporação afirmou que as visitas aos generais Braga Netto e Fernandes não ocorreram diariamente, conforme alegado, e que as visitas ao tenente-coronel Lima foram realizadas de forma "extraordinária" devido à residência de sua esposa, a coronel Carla Lobo, em Manaus. A justificativa foi que Carla Lobo estava no Rio de Janeiro por um curto período exclusivamente para visitar o marido.
O regulamento do Exército prevê que as visitas a militares presos devem ocorrer às terças, quintas e domingos, no período da tarde, mediante agendamento prévio. Apenas em "casos excepcionais" elas são autorizadas em outros dias da semana, com um limite de três visitas semanais⁴. No caso de Braga Netto, as visitas estão restritas devido à suspeita de obstrução do inquérito do golpe, sendo permitidas apenas com autorização do STF.
O Exército reafirmou que todas as visitas seguiram as normas estabelecidas e que não houve desrespeito ao regulamento de visitas ou às decisões judiciais. A resposta do Exército ao STF visa esclarecer as dúvidas levantadas pelo ministro Moraes e garantir a transparência no tratamento dos militares detidos.
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