
Em um discurso no Senado, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, cometeu diversos crimes e deveria ser incluído em uma anistia ampla, geral e irrestrita. Segundo Flávio, Moraes teria desrespeitado a lei do impeachment e violado regras que proíbem julgamentos quando o juiz é suspeito na causa.
Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, fez essas declarações em meio a discussões sobre a anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Ele argumentou que a única forma de restabelecer a normalidade e o equilíbrio entre os Poderes seria uma anistia que incluísse também o magistrado.
“O único caminho para alguma normalidade e reequilíbrio entre os Poderes é uma anistia que inclua o ministro Alexandre de Moraes, porque já deu vários exemplos de descumprir a lei do impeachment”, afirmou o senador.
As acusações de Flávio Bolsonaro ocorrem em um contexto de tensão política, especialmente após a divulgação de um relatório da Polícia Federal que indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito.
O relatório aponta ainda que o ex-presidente tinha conhecimento sobre o plano para desestabilizar o governo eleito. No entanto, Bolsonaro se defende e diz não terem fundamentos as acusações.
“Nunca vi ninguém que faça o que Alexandre de Moraes está fazendo, no mundo, que, em determinado tempo, não vá sofrer as consequências”, ressaltou o parlamentar.
Em resposta às acusações, Alexandre de Moraes não se pronunciou publicamente até o momento. A Procuradoria-Geral da República (PGR) agora deve decidir se oferece uma denúncia contra os investigados, arquiva os casos ou solicita mais investigações.
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