
Na última quarta-feira (18), o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), enfrentou protestos intensos durante sua visita a Santarém. Manifestantes, principalmente professores, o receberam com gritos de "traidor da educação".
Os protestos foram uma reação ao Projeto de Lei (PL) 729/2024, proposto pelo governador e aprovado pela Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) com 10 votos contrários. O projeto, apelidado de "pacote do mal" pelos profissionais da educação, inclui medidas como o fim da jornada de 150 horas semanais e a substituição da hora-aula de 45 minutos por 60. Essas mudanças têm gerado indignação entre os educadores, que alegam que as novas regras prejudicam a qualidade do ensino e as condições de trabalho dos professores.
Em Belém, os protestos foram marcados por confrontos violentos entre manifestantes e a polícia. Professores bloquearam a Rua Doutor Malcher, impedindo a entrada de deputados na Alepa, e foram reprimidos com balas de borracha e spray de pimenta. As imagens da repressão policial chocaram a população e aumentaram as tensões em todo o estado.
Durante a visita de Helder Barbalho a Santarém, os manifestantes continuaram a expressar sua insatisfação, reforçando o coro de "traidor da educação". A situação reflete a crescente insatisfação dos profissionais da educação com as políticas do governo estadual e a forma como as mudanças estão sendo implementadas.
A aprovação do PL 729/2024 e a reação dos professores destacam a necessidade de um diálogo mais aberto e transparente entre o governo e os educadores para encontrar soluções que atendam às necessidades de ambas as partes e garantam a qualidade da educação no Pará.
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