Hospedagem em navios de luxo para a COP30 custará mais de R$ 71 milhões
- Luana Valente

- 21 de nov.
- 1 min de leitura
Governo Lula amplia contratação de cabines para delegações e enfrenta críticas pelo alto gasto

O governo federal vai gastar R$ 71,7 milhões com hospedagem em navios de luxo durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), marcada para ocorrer em Belém (PA) em novembro de 2025. A medida foi adotada diante da limitação da rede hoteleira da capital paraense, que não comportaria o grande número de participantes esperados para o evento.
A Embratur, responsável pela contratação, selecionou a operadora Qualitours para viabilizar dois cruzeiros marítimos — o MSC Seaview e o Costa Diadema — que funcionarão como hotéis flutuantes. Inicialmente, o Brasil havia se comprometido com a ONU a disponibilizar 450 cabines para delegações de países em desenvolvimento, o que representaria um custo de R$ 26,3 milhões. No entanto, o governo decidiu ampliar a oferta e contratou mais 400 cabines, destinadas principalmente à delegação brasileira, elevando o gasto total para R$ 71,7 milhões.
Segundo a Secretaria Extraordinária para a COP30, os valores ainda podem sofrer ajustes, já que o evento está em fase de preparação. A pasta argumenta que a medida atende às exigências internacionais e garante condições adequadas de hospedagem para os participantes.
A decisão, contudo, gerou debate político e social. Críticos afirmam que o gasto é excessivo e representa um peso para os cofres públicos, enquanto defensores sustentam que a solução é necessária diante da infraestrutura limitada de Belém. A polêmica evidencia os desafios logísticos de sediar uma conferência global na Amazônia, região estratégica para o debate climático.






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