
A primeira-dama do Brasil, Rosângela Silva, conhecida como Janja, optou por cancelar sua viagem planejada para participar da delegação brasileira na 69ª sessão da Comissão sobre a Situação da Mulher nas Nações Unidas (CSW, na sigla em inglês), que ocorrerá em Nova York.
A viagem, que tinha como objetivo representar o Brasil em um evento internacional, foi considerada de “alto risco” político por assessores do governo. A justificativa para a desistência estaria relacionada a evitar possíveis desgastes políticos, especialmente em um momento de críticas crescentes à sua atuação.
Essa decisão ocorre em meio a um contexto de debates sobre a influência de Janja no governo e sua presença em eventos oficiais. Além disso, existe a preocupação do governo com a popularidade tanto de Janja quanto do presidente Lula, que têm enfrentado desafios políticos e baixa popularidade. Esta viagem aos EUA seria a primeira de uma figura proeminente do governo brasileiro após a posse de Donald Trump.
Vale frisar que em março de 2024, o próprio Lula designou Janja como integrante da delegação. A viagem foi a primeira para cumprimento de agenda internacional de Janja sem estar na companhia de Lula.
Em novembro do ano passado, durante discurso em evento paralelo do G-20, no Rio, Janja ofendeu com xingamento um dos principais conselheiros de Trump, o bilionário Elon Musk, resultando em críticas e repúdios pela manifestação considerada imprópria diante da atuação no governo.
A desistência da viagem também levanta questões sobre a gestão de imagem e prioridades do governo federal, especialmente em relação à transparência e ao uso de recursos públicos em viagens oficiais.
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