
O senador Eduardo Girão (Novo-CE) subiu à tribuna do Senado nesta segunda-feira, 10, para anunciar sua intenção de protocolar um pedido de impeachment contra o procurador-geral da República, Paulo Gonet. Durante seu discurso, Girão destacou o que considera "omissões graves" e "distorções" na atuação de Gonet, além de alegadas violações de princípios constitucionais, como o contraditório e a ampla defesa.
“Quero convidar os senadores da República que quiserem para assinar o apoiamento desse pedido de impeachment. Vamos fazer uma [entrevista] coletiva, na quarta-feira, na frente da Presidência do Senado. Porque todo mundo viu aquelas cenas dantescas, quase que de uma tortura psicológica, de coação, do Mauro Cid. Vazou áudio, inclusive, dele falando com alguém próximo que já estava tudo combinado. Era quase como algo encomendado”, afirmou Girão.
Gastos no Judiciário
O senador também criticou os gastos do Judiciário. Ele mencionou a compra de gravatas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por R$ 384 cada e a aquisição de 50 iPhones 16 Pro Max para desembargadores, ao custo total de R$ 500 mil. Também citou a aprovação, que teria ocorrido em apenas 24 segundos, de uma indenização de R$ 234 milhões para juízes na Paraíba.
“Tem matérias que mostram que o STF custou 39% mais que a realeza britânica no ano de 2024. E a gente sabe que a realeza britânica tem custos estratosféricos, com barco, com avião. (...) O STF teve um orçamento de R$ 897 milhões, quase R$ 1 bilhão”, argumentou.
Além disso, Girão convocou a população para participar de manifestações no dia 16 de março, em Copacabana, no Rio de Janeiro. O senador afirmou que os protestos devem ocorrer de forma pacífica, e ressaltou o direito dos cidadãos de expressarem suas insatisfações com o governo e o Judiciário. Segundo ele, os atos acontecerão em diversas capitais, com a presença de parlamentares em algumas localidades.
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