
Em meio ao período do recesso, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), convocou uma reunião de emergência com os líderes partidários. A decisão veio após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, determinar o bloqueio de R$ 4,2 bilhões em emendas parlamentares e ordenar a abertura de um inquérito pela Polícia Federal para investigar possíveis irregularidades no processo de liberação dessas emendas.
No entanto, a reunião que será remota terá como objetivo principal discutir a eleição para os cargos na Mesa Diretora da Câmara, prevista para fevereiro de 2025. No entanto, o bloqueio das emendas pelo ministro Dino será um tema inevitável na pauta, conforme indicaram aliados de Lira.
A decisão de Dino, publicada na última segunda-feira (23), aponta para irregularidades no "rito interno" de processamento das emendas e menciona um possível "apadrinhamento" das mesmas pelos líderes partidários, o que dificultaria a identificação dos parlamentares responsáveis pelos pedidos de distribuição. A ação foi motivada por uma denúncia do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), que questionou a suspensão do funcionamento das comissões da Câmara, impedindo a deliberação sobre o destino das emendas.
Nos bastidores, Lira sinalizou que buscará apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para reverter a decisão de Dino. A tensão entre os poderes Legislativo e Judiciário aumentou, com parlamentares criticando a intervenção do STF nas questões internas da Câmara.
A reunião de líderes convocada por Lira promete ser um momento crucial para definir os próximos passos do Legislativo diante das recentes decisões judiciais e para alinhar estratégias visando a eleição da Mesa Diretora em 2025.
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