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Lula ousa propor mediação entre Trump e Maduro em meio a tensões sobre narcotráfico

Atualizado: 28 de out.



Reprodução
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ousa se oferecer para mediar a crescente crise entre os Estados Unidos, liderados por Donald Trump, e o presidente venezuelano Nicolás Maduro — acusado por Washington de envolvimento com o narcotráfico internacional.


Durante uma reunião com Trump na Malásia, onde ambos participam de uma cúpula internacional, Lula declarou que “a América do Sul é uma região de paz” e se colocou como interlocutor entre os dois líderes. Segundo o chanceler brasileiro Mauro Vieira, o petista se dispôs a buscar “soluções mutuamente aceitáveis e corretas” para o impasse.


A tensão entre os EUA e a Venezuela se intensificou após Trump ordenar ataques a navios venezuelanos, expondo que a medida visa o combate ao narcotráfico. A Casa Branca avalia novas ações militares, enquanto Maduro denuncia agressões à soberania venezuelana. O governo norte-americano mantém uma postura incisiva, especialmente impulsionada por setores mais duros da política externa.


Maduro, frequentemente chamado de “ditador” por opositores e por parte da imprensa mundial, enfrenta sanções e isolamento diplomático por parte dos EUA. A acusação de envolvimento com o narcotráfico é um dos principais pontos de atrito, embora o governo venezuelano negue qualquer ligação com atividades ilícitas.


Lula vê na crise uma oportunidade de reposicionar o Brasil como protagonista na América do Sul. A proposta de mediação é interpretada como uma tentativa de reafirmar a influência diplomática brasileira, especialmente após anos de retração internacional. No entanto, diplomatas brasileiros demonstram ceticismo quanto à aceitação da proposta por parte de Washington, que tradicionalmente rejeita interlocutores externos em suas disputas hemisféricas.


O chanceler Vieira afirmou que “vamos ter reuniões, falamos em termos genéricos sobre uma negociação para chegar a esse objetivo”, sinalizando que o processo ainda está em fase inicial.


A iniciativa de Lula gerou reações adversas, em que opositores apontam um sério risco de legitimar regimes autoritários e a um confronto direto junto aos interesses dos EUA.


A proposta de mediação ainda não tem formato definido, mas o Brasil se coloca como “elemento de promoção da paz e do entendimento”, segundo o Itamaraty. Resta saber se essa tentativa de diplomacia ativa será bem-sucedida ou apenas simbólica diante das complexidades geopolíticas envolvidas.



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