Michelle Bolsonaro assume comando das agendas após restrições judiciais a Jair Bolsonaro
- Luana Valente
- há 4 dias
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Em meio às medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao ex-presidente Jair Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro emergiu como figura central no cenário político conservador brasileiro. Impedido de deixar Brasília, usar redes sociais e manter contato com investigados, Bolsonaro viu sua esposa assumir compromissos públicos, articulações partidárias e viagens que antes eram de sua responsabilidade.
Como presidente do PL Mulher, Michelle intensificou sua atuação em eventos políticos e religiosos, ganhando destaque entre lideranças evangélicas e conservadoras. Em discurso recente na Paraíba, o ex-ministro Marcelo Queiroga afirmou que “iremos nos guiar por Michelle Bolsonaro, que é uma figura excepcional”. A ex-primeira-dama também tem sido vista como possível candidata à Presidência em 2026, diante da inelegibilidade de Bolsonaro até 2030.
Nos bastidores, Michelle adota um tom messiânico, se referindo como “voz profética” e ressaltando que “Deus a levantou para essa hora”. Essa postura tem sido apoiada pelo Partido Liberal (PL), inclusive de figuras como a senadora Damares Alves que defendem sua liderança como “a maior da nação conservadora”. No entanto, outros aliados como o pastor Silas Malafaia, expressam algumas ressalvas quanto à experiência política.
Além do crescimento político, Michelle também viu sua influência digital decolar. Após a operação da Polícia Federal na casa de Bolsonaro, ela ganhou mais de 130 mil seguidores no Instagram. Sua imagem pública, antes discreta, passou a ser associada à resistência conservadora e à defesa da família Bolsonaro.
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