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Líder do PL cobra reação da Câmara após decisão do STF e ressalta que “o silêncio foi criminalizado”


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Brasília — O líder do Partido Liberal (PL) na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), intensificou críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e pediu uma resposta institucional da Casa após decisões judiciais que atingiram parlamentares aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em declarações recentes, Cavalcante afirmou que “o silêncio foi criminalizado”, referindo-se à retirada do deputado Hélio Lopes (PL-RJ) de um acampamento em frente ao STF, onde protestava em greve de silêncio contra medidas da Corte.


A manifestação de Lopes foi interpretada pelo ministro Alexandre de Moraes como tentativa de repetir aglomerações que antecederam os ataques de 8 de janeiro. Moraes determinou a retirada do parlamentar e proibiu novos acampamentos na Praça dos Três Poderes. A decisão provocou reação imediata de Cavalcante, que classificou a medida como “maluca” e acusou o ministro de estar “fora de si”.


Em resposta às ações do STF, Cavalcante anunciou uma série de iniciativas no Congresso. Entre elas, a retomada da obstrução de pautas na Câmara até que seja votado o projeto de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro. Além disso, o líder do PL defende a tramitação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) sobre foro privilegiado e a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar supostos abusos de autoridade por parte do Judiciário.


A oposição também pressiona o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a recorrer da decisão do STF que derrubou resolução aprovada pela Casa, que suspendia a ação penal contra o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ). Segundo Cavalcante, o voto de Moraes “é um tapa na cara da democracia” e ignora a vontade de 315 deputados.


As declarações de Cavalcante e os movimentos do PL evidenciam o acirramento da relação entre Legislativo e Judiciário. Parlamentares da oposição acusam o STF de extrapolar suas competências e de interferir nas prerrogativas do Congresso.


A crise institucional se aprofunda em meio ao chamado “recesso branco” do Congresso, com lideranças bolsonaristas proibidas pelo presidente da Casa, Hugo Motta, de atuarem em. A expectativa é de que os embates se intensifiquem com a retomada dos trabalhos legislativos nas próximas semanas.

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