
Um escândalo de corrupção envolvendo a venda de sentenças judiciais abalou o sistema judiciário brasileiro, com a citação de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) nas investigações. A operação, conhecida como "Última Ratio", inicialmente focada em desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS), foi transferida para o STF após surgirem indícios de envolvimento de autoridades com foro privilegiado.
A investigação, conduzida pela Polícia Federal e supervisionada pelo ministro Francisco Falcão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), revelou um esquema complexo de venda de sentenças que envolvia altos valores e a participação de diversos magistrados. Cinco desembargadores do TJ-MS foram afastados de suas funções e estão sendo monitorados por tornozeleiras eletrônicas.
O caso ganhou novas proporções quando conversas interceptadas pela polícia mencionaram um ministro do STF e sua irmã, sugerindo que o esquema poderia alcançar os mais altos níveis do judiciário brasileiro. O ministro Cristiano Zanin, do STF, foi designado como relator do caso e será responsável por conduzir as investigações a partir de agora.
A operação "Última Ratio" já resultou na apreensão de R$ 2,7 milhões em dinheiro vivo na residência de um desembargador aposentado, além de documentos que podem comprovar a venda de sentenças. A Polícia Federal continua a investigar o caso, e novas revelações podem surgir a qualquer momento.
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