Ministro do Turismo derruba área verde em Belém para erguer posto de combustíveis
- Luana Valente

- 16 de nov.
- 1 min de leitura

Em meio à Conferência do Clima (COP30), realizada em Belém, o ministro do Turismo do governo Lula, Celso Sabino (União Brasil), tornou-se alvo de críticas após a derrubada de uma área verde próxima ao Aeroporto Internacional da capital paraense. O espaço, de aproximadamente 5 mil metros quadrados, foi cedido pela concessionária Norte da Amazônia Airports (Noa), responsável pela administração do aeroporto até 2053, para a instalação de um posto de combustíveis da empresa Capital Real Combustíveis e Derivados, da qual Sabino é sócio.
Segundo o ministro, todas as licenças ambientais necessárias foram obtidas junto à Prefeitura de Belém e ao governo do Pará. Ele afirma que não houve destruição de floresta amazônica, mas sim a remoção de vegetação secundária, como açaizeiros e juquiras. A concessão prevê o pagamento de cerca de R$ 65 mil mensais pelo uso da área.
A polêmica ganha ainda mais relevância porque ocorre durante a COP30, evento internacional voltado justamente para discutir soluções contra a crise climática. Sabino, que resiste em permanecer no cargo mesmo contra a vontade de seu partido, busca capital político para uma possível candidatura ao Senado em 2026. A contradição entre o discurso ambiental da conferência e a prática empresarial do ministro tem sido apontada como um desgaste para o governo Lula.
O caso levanta questionamentos sobre o uso de áreas públicas da União para empreendimentos privados de autoridades em exercício. Ambientalistas e opositores destacam a incoerência de um ministro presente em uma conferência climática internacional estar associado à destruição de áreas verdes para fins comerciais. A situação expõe o conflito entre interesses econômicos e compromissos ambientais assumidos pelo Brasil.






Comentários