Moraes dá 48 horas para Exército explicar visitas a militares presos
- Luana Valente
- 26 de dez. de 2024
- 1 min de leitura

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o Exército Brasileiro esclareça, em um prazo de 48 horas, as razões pelas quais militares presos no âmbito do Inquérito do Golpe estão recebendo visitas diárias sem autorização judicial. A decisão foi proferida na terça-feira (24) e divulgada nesta quinta-feira (26).
As visitas envolvem parentes e advogados do general da reserva Mario Fernandes e dos tenentes-coronéis Rodrigo Bezerra Azevedo e Hélio Ferreira Lima, que estão detidos nas instalações do Comando Militar do Planalto (CMP), em Brasília. Segundo as normas do Exército, as visitas devem ocorrer apenas em dias específicos e com agendamento prévio.
Moraes oficiou ao comandante da 1ª Divisão de Exército, general Eduardo Tavares Martins, ao comandante do Comando Militar do Planalto, general de Divisão Ricardo Piai Carmona, e ao comandante militar do Leste, general de Exército Kleber Nunes de Vasconcellos, para que esclareçam o desrespeito ao regulamento de visitas.
A decisão de Moraes ocorre em meio a investigações sobre uma suposta tentativa de golpe de estado em 2022, na qual os militares mencionados estão envolvidos. O ministro destacou a necessidade de rigor no cumprimento das normas de visitação para garantir a integridade do processo judicial.
O Exército, por sua vez, nega qualquer irregularidade e afirma que todas as visitas estão sendo realizadas conforme as regras estabelecidas. No entanto, a determinação de Moraes exige uma resposta formal e detalhada sobre os procedimentos adotados.
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