Morre Miguel Uribe, pré-candidato à presidência da Colômbia baleado durante comício

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O senador colombiano Miguel Uribe Turbay, de 39 anos, morreu nesta segunda-feira (11), após dois meses de internação em estado crítico. Uribe foi baleado na cabeça em 7 de junho durante um discurso em um evento de campanha no bairro Fontibón, em Bogotá, em meio à crescente tensão política que antecede as eleições presidenciais de março de 2026.

Uribe foi atingido por três disparos: dois na cabeça e um na coxa esquerda. O ataque foi realizado por um adolescente de 15 anos, que atirou de uma motocicleta. Seis suspeitos foram presos, incluindo Elder José Arteaga Hernández, conhecido como “El Costeño”, apontado como possível mandante.

A motivação do crime ainda está sob investigação, mas há suspeitas de envolvimento de grupos dissidentes da extinta guerrilha Farc.

Uribe foi levado em estado crítico à Fundação Santa Fé de Bogotá. Após uma breve estabilização, sofreu uma nova hemorragia cerebral no sábado (9), regressando ao estado crítico, então precisou ser submetido a cirurgia de emergência, mas não resistiu.

Sobre Miguel Uribe

Miguel Uribe foi neto do ex-presidente Julio César Turbay (1978–1982) e filho da jornalista Diana Turbay, sequestrada e assassinada pelo Cartel de Medellín em 1991.

Formado em Direito, com mestrado em Políticas Públicas pela Universidade de Harvard, Uribe iniciou a carreira política como vereador de Bogotá e foi secretário de governo da capital antes de se tornar senador.

Uribe foi o senador mais votado nas eleições de 2022, e era um dos favoritos na corrida presidencial pelo partido de direita Centro Democrático.

A esposa de Miguel, María Claudia Tarazona, publicou uma homenagem emocionada nas redes socais: “Você sempre será o amor da minha vida. […] Espere por mim, pois quando eu cumprir minha promessa aos nossos filhos, irei te encontrar”.

Além disso, Álvaro Uribe Vélez, ex-presidente e líder do partido Centro Democrático, se manifestou publicamente e lamentou: “O mal destrói tudo, mataram a esperança. Que a luta de Miguel seja uma luz que ilumine o caminho correto da Colômbia”. Já a vice-presidente Francia Márquez enfatizou que “a democracia não se constrói com balas ou sangue; constrói-se com respeito e diálogo”.

A morte de Miguel Uribe marca um momento de profunda comoção na Colômbia e reacende o debate sobre segurança política e violência eleitoral no país.