Motociata em Brasília reúne multidão de apoiadores de Jair Bolsonaro

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Na tarde de terça-feira, 29, Brasília foi palco de uma motociata de grandes proporções em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O evento, que partiu da região da Granja do Torto, atraiu milhares de motociclistas e simpatizantes, marcando o primeiro ato público de Bolsonaro desde que passou a cumprir medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Apesar de ser conhecido por liderar motociatas pilotando uma motocicleta, desta vez Bolsonaro acompanhou o trajeto a bordo de um trio elétrico, ao lado da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e da vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP). Por orientação de seus advogados, o ex-presidente não discursou nem interagiu diretamente com o público, mantendo uma postura discreta para evitar interpretações que pudessem configurar descumprimento das restrições judiciais.

Durante o percurso, apoiadores exibiram faixas com críticas ao STF e mensagens de apoio a Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, em um gesto que reforça a conexão ideológica entre os dois líderes. Cartazes com frases como “Fora Moraes” e “Trumponaro” foram vistos entre os participantes, que também entoaram jingles da campanha presidencial de 2022.

Bolsonaro está atualmente proibido de utilizar redes sociais, mesmo por meio de terceiros, e usa tornozeleira eletrônica. As medidas foram determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes no âmbito de investigações sobre articulações contra autoridades brasileiras. A Polícia Militar do Distrito Federal reforçou a segurança nos arredores da Esplanada dos Ministérios, embora o trajeto da motociata não incluísse passagem direta pela Praça dos Três Poderes.

A presença de Michelle e Flávio Bolsonaro ao lado do ex-presidente foi interpretada como uma como um reforço de união familiar e apoio político para Bolsonaro, que deixou o evento por volta das 16h.

A motociata desta terça-feira é considerada por aliados como uma demonstração de força e mobilização popular, mesmo diante das limitações impostas pela Suprema Corte. O evento também antecede atos previstos para o próximo domingo, dos quais Bolsonaro não poderá participar pessoalmente.