Motta vira pauta de reunião do governo Trump sobre novas sanções
- Luana Valente
- há 19 horas
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Atualizado: há 8 horas

O presidente da Câmara dos Deputados do Brasil, Hugo Motta (Republicanos-PB), tornou-se foco de atenção internacional ao ser incluído na pauta de uma reunião estratégica do governo Donald Trump, nos Estados Unidos, que discute a aplicação de novas sanções contra autoridades brasileiras. O encontro, realizado na Casa Branca, contou com a presença do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e do jornalista Paulo Figueiredo.
A reunião ocorre em meio ao crescente interesse do governo norte-americano em influenciar o cenário político brasileiro, especialmente após a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A legislação americana permite sanções contra indivíduos acusados de corrupção ou violações de direitos humanos.
Motta entrou no radar de Washington por dois motivos principais:
• Recusa em pautar a anistia aos condenados pelos atos de depredação ocorridos em 8 de janeiro de 2023, em Brasília.
• Recuo na tramitação da PEC do fim do foro privilegiado, considerada por aliados de Trump como um passo estratégico para abrir caminho a outras iniciativas, como a anistia e o impeachment de Moraes.
Segundo fontes próximas à Casa Branca, o governo Trump vê a PEC como uma oportunidade de fortalecer o campo político conservador no Brasil, permitindo que parlamentares votem sem receio de retaliações judiciais. Motta havia sinalizado apoio à proposta, mas voltou atrás, priorizando matérias alinhadas ao governo Lula na agenda legislativa do segundo semestre.
Em entrevista à BBC News Brasil, Eduardo Bolsonaro confirmou que tanto Motta quanto o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), estão sob observação do governo Trump. Alcolumbre também enfrenta críticas por se recusar a pautar o processo de impeachment de Moraes, embora, por ora, não esteja na lista de sanções imediatas.
A movimentação diplomática evidencia uma escalada nas tensões entre setores do governo americano e autoridades brasileiras, com possíveis implicações para as relações bilaterais. A Casa Branca monitora de perto os desdobramentos políticos em Brasília, enquanto líderes partidários brasileiros se reúnem para definir os rumos da Câmara dos Deputados.
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