
"Mudo a roupa que eu visto”, afirmou em tom baixo tom, o indicado de Lula para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, nesta quarta-feira (29), e foi até os gabinetes do Senado Federal em busca de apoio, além de conversar com a imprensa defendendo o pensamento de que membros da Suprema Corte não devem ter “lado político”.
“No momento em que o presidente da República faz a indicação, evidentemente que eu mudo a roupa que eu visto. E essa roupa hoje é em busca desse apoio do Senado. A roupa que, se eu mereça essa aprovação, é a roupa que eu vestirei sempre. Independe de governo e oposição”, explica Dino.
“O perfil combativo é próprio da política. Evidentemente, quando você muda de função, você muda também o perfil da sua atuação. Fui deputado federal, governador, juiz federal, e cada função tem uma característica e tem um estilo”, completa Dino.
No dia 13 de dezembro Dino será convocado para responder perguntas que serão feitas pelos parlamentares, mais conhecida como "sabatina". O acontecimento faz parte do processo de indicação de autoridades pela Presidência da República. Para que Dino seja nomeado ministro do STF, terá que ter a aprovação da maioria absoluta em votação no plenário do Senado, representando um total de 41 votos.
“Estou aqui em busca dessa aprovação no plenário do Senado. E farei esse diálogo sempre com muito respeito, muita humildade, acerca desse lugar, da importância do Supremo Tribunal Federal, para que haja harmonia entre os Poderes”, afirmou Dino à imprensa, que ainda se comprometeu em seguir com as agendas de reuniões com parlamentares.
Ao avaliar a Suprema Corte, Dino declara que a instituição é “como uma instância de segurança jurídica, guardião das regras do jogo, deve ser também esse vetor de harmonia no nosso país”.
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