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Operação da PF contra Bolsonaro e Malafaia revela articulações, mas não sustenta acusações formais, aponta relatório


Estadão Conteúdo
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A operação da Polícia Federal (PF) que teve como alvos o ex-presidente Jair Bolsonaro, o pastor Silas Malafaia e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), revelou possíveis articulações e trocas de mensagens, no entanto, o relatório final da PF não apresenta elementos suficientes para sustentar acusações formais contra Malafaia até o momento.


A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da PET nº 14129, que apura uma suposta trama golpista e tentativas de coação contra membros da Corte. Malafaia foi algo de busca e apreensão pela PF no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, ao desembarcar de Lisboa, e teve celulares, passaporte e outros pertences pessoais apreendidos.


O relatório da PF destaca que Malafaia manteve contato frequente com Jair Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro, trocando mensagens que, segundo os investigadores, demonstram “adesão subjetiva ao intento criminoso” do grupo investigado. Em áudios divulgados, o pastor critica Eduardo Bolsonaro e conversa com o ex-presidente sobre estratégias de comunicação e mobilização.


A PF não indicou Malafaia formalmente por nenhum crime. A Procuradoria-Geral da República (PGR), por sua vez, relatou que o pastor aparece como “orientador e auxiliar” das ações de coação, mas até o momento, não apresentou denúncia contra ele.


Como parte da operação, o STF impôs medidas cautelares a Malafaia, incluindo a proibição de deixar o país e de manter contato com outros investigados, como Eduardo Bolsonaro. Em resposta, o pastor classificou a ação como “perseguição política” e comparou a PF à Gestapo, polícia política da Alemanha nazista.


Durante culto realizado na Assembleia de Deus Vitória em Cristo, Malafaia afirmou que não teme as investigações e que “voltou ao Brasil porque não deve nada”. Ele também negou qualquer intenção de fugir e se apresentou como “voz profética” contra o comunismo e defensor da liberdade religiosa.


A operação ocorre em meio a um cenário de crescente tensão entre aliados de Bolsonaro e o STF. A divulgação das mensagens e a repercussão internacional das ações judiciais contra o ex-presidente têm sido interpretadas por ministros da Corte como evidência de que as decisões são baseadas em fatos concretos, e não em motivações políticas.


Embora o relatório da PF não sustente, por ora, uma acusação formal contra Malafaia, o caso permanece aberto e pode evoluir conforme novas provas sejam analisadas. Já Bolsonaro e Eduardo foram indiciados por coação no curso do processo e abolição violenta do Estado democrático de Direito.

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