A Petrobras afirma que está ativamente trabalhando para bloquear o avanço do projeto que visa estabelecer a Política Nacional da Redução do Diesel S-500 (diesel comum). Este projeto está atualmente em análise na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados.
A resistência à proposta também recebe apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O projeto, apresentado no ano passado, propõe uma redução de 10% no uso de diesel a cada ano, até sua completa eliminação. Atualmente, os postos de combustível oferecem dois tipos de óleo diesel: o S500, que é mais econômico, mas também mais poluente, com um teor máximo de enxofre de 500 miligramas (mg) por quilo (kg); e o S10, com um teor máximo de enxofre de 10 mg/kg, além de um percentual obrigatório de biodiesel (10% em 2022).
Nos bastidores, a mobilização evidente da CNI e da Petrobras tem gerado desconforto na base governista. Isso se deve ao fato de que, até o momento, as lideranças do governo evitaram tomar uma posição clara em relação ao projeto, que recebeu um relatório desfavorável do deputado Felipe Francischini (União-PR).
Parlamentares envolvidos na discussão acreditam que a falta de posicionamento do governo em relação ao projeto pode enfraquecer ainda mais a posição do Executivo no que diz respeito à liderança da agenda ambiental, que tem avançado principalmente por iniciativa do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
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