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Preso pela PF, nº 2 da Previdência é demitido por Wolney



Operação Sem Desconto investiga fraudes em descontos de aposentadorias e pensões do INSS; ministro afirma ter sido surpreendido




O secretário-executivo do Ministério da Previdência Social, Adroaldo da Cunha Portal, foi exonerado nesta quinta-feira (18) após ser alvo da nova fase da Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU). Considerado o “número 2” da pasta, Portal teve prisão domiciliar decretada e foi afastado das funções públicas por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).


A operação apura um esquema de fraudes em descontos associativos aplicados indevidamente em benefícios de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Segundo a PF, foram cumpridos 52 mandados de busca e apreensão e 16 de prisão preventiva, além de outras medidas cautelares contra suspeitos de participação no esquema.


O ministro da Previdência, Wolney Queiroz (PDT), declarou ter sido surpreendido com o envolvimento de Portal. Em entrevista, afirmou que recebeu a notícia da prisão preventiva por volta das 7h da manhã, comunicada pelo ministro da CGU, Vinicius de Carvalho. “Não tínhamos qualquer informação real do envolvimento do Adroaldo com nenhum tipo de ato ilícito. Ele cumpria suas funções como técnico aplicado e competente”, disse Wolney, reforçando que o ministério não tinha ligação com o esquema investigado.


A exoneração foi determinada de forma imediata, como medida para preservar a credibilidade da pasta. Para ocupar o cargo de secretário-executivo, o governo anunciou o nome do procurador federal Felipe Cavalcante e Silva, que atuava como consultor jurídico do ministério.


O caso representa um duro golpe para a gestão da Previdência, que enfrenta desafios relacionados à integridade e governança do sistema. Wolney destacou que a prioridade do governo é “conter a crise, cuidar dos aposentados e estabelecer a integridade no ministério”, em consonância com a determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


A investigação segue em andamento e deve aprofundar a apuração sobre a atuação da organização criminosa que, segundo a PF, desviava recursos por meio de descontos ilegais em benefícios previdenciários. A prisão e demissão de Adroaldo Portal marcam um dos episódios mais delicados da atual administração da Previdência, expondo fragilidades internas e a necessidade de reforço nos mecanismos de controle.



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