Prisão de líder do Comando Vermelho no Ceará expõe avanço da facção pelo País

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Na última quinta-feira (30), Wendel Mac, de 27 anos, foi capturado na zona rural de Exu, no Sertão de Pernambuco, durante uma operação conjunta das polícias civis do Ceará e de Pernambuco. Contra ele havia mandados de prisão por homicídio, tráfico de drogas e participação em organização criminosa. No momento da prisão, o suspeito foi flagrado com 56 gramas de maconha e um celular, o que resultou também em autuação por tráfico em flagrante.

Segundo as investigações, Wendel exercia papel de liderança na facção Comando Vermelho na Região Metropolitana de Fortaleza, coordenando ações criminosas e articulando conexões com núcleos do CV em outros estados. A polícia aponta que ele era responsável por ordenar ataques e manter a estrutura da facção ativa, mesmo em meio a operações de repressão.

Diante da periculosidade do preso e de seu papel estratégico dentro da facção, a Polícia Civil de Pernambuco solicitou ao Tribunal de Justiça do Estado (TJPE) a transferência de Wendel para uma unidade de segurança máxima. A medida busca evitar que ele continue exercendo influência sobre o crime organizado a partir do cárcere, prática comum entre líderes de facções no Brasil.

A prisão evidencia o avanço do Comando Vermelho para além do Rio de Janeiro, seu berço histórico, consolidando presença em estados do Nordeste, como Ceará e Pernambuco. Especialistas em segurança pública destacam que a expansão territorial das facções está ligada ao controle de rotas do tráfico de drogas e à disputa por mercados ilícitos, o que tem provocado ondas de violência urbana em diversas capitais.

O caso reforça o desafio enfrentado pelas autoridades brasileiras no combate ao crime organizado. A captura de Wendel Mac é considerada uma vitória policial, mas também revela a capacidade de mobilidade e articulação nacional das facções, que continuam a se expandir mesmo diante de operações de repressão.

A prisão do líder do CV no Ceará, realizada em Pernambuco, não apenas neutraliza temporariamente um dos principais articuladores da facção na região, mas também lança luz sobre a necessidade de estratégias integradas de segurança pública para conter o avanço do crime organizado no país.