O Partido dos Trabalhadores (PT) destinou R$ 2,6 milhões em emendas parlamentares para financiar a TV do Trabalhador (TVT), uma emissora vinculada ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e à Central Única dos Trabalhadores (CUT). Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o objetivo do acordo é renovar os estúdios e equipamentos da TVT, além de custear a produção de seus programas jornalísticos.
Os recursos, provenientes de emendas ao Orçamento da União indicadas por 12 parlamentares do PT, serão utilizados na compra de novos equipamentos, como câmeras e transmissores, e na produção de programas. No entanto, a TVT é amplamente reconhecida como um veículo de proselitismo político, o que levanta questões sobre a moralidade e a racionalidade dos gastos públicos.
A Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) firmou dois convênios com a TVT, totalizando R$ 2,65 milhões.
Um dos convênios, no valor de R$ 800 mil, visa a produção e transmissão de 100 programas jornalísticos inéditos, cada um com uma hora de duração, abordando temas relevantes para a classe trabalhadora e os movimentos sociais. Já o segundo convênio, de R$ 1,85 milhão, é destinado à aquisição de equipamentos para aprimorar as operações da TVT.
A decisão de financiar uma organização privada com recursos públicos tem gerado críticas, especialmente considerando os desafios fiscais enfrentados pelo país.
A TVT, que faz parte da Rede Nacional de Comunicação Pública (RNCP), possui uma linha editorial alinhada ao sindicalismo e à militância política petista.
A situação agora aguarda a reação do Ministério Público e do Tribunal de Contas da União, que deverão analisar a legalidade e a justificativa dos gastos.
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