Sanções de Donald Trump pode afetar satélites e GPS
- Luana Valente
- 20 de jul.
- 2 min de leitura

A tensão entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos atingiu um novo patamar com a possibilidade de sanções tecnológicas inéditas. O presidente norte-americano Donald Trump avalia bloquear o acesso do Brasil aos sistemas de satélites e ao sinal de GPS, como parte de uma série de retaliações diplomáticas em resposta às decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Segundo fontes ligadas ao Departamento de Estado dos EUA, o pacote de sanções inclui:
• Aumento de tarifas comerciais para até 100% sobre produtos brasileiros;
• Aplicação da Lei Magnitsky contra autoridades brasileiras;
• Expulsão de diplomatas brasileiros de Washington;
• Sanções conjuntas com a OTAN;
• Bloqueio do sinal de GPS e satélites no território nacional.
O GPS, operado pelo Departamento de Defesa dos EUA, é amplamente utilizado no Brasil em setores como:
• Transporte e logística;
• Agricultura de precisão;
• Segurança pública;
• Telecomunicações e sincronização bancária E.
Especialistas alertam que um bloqueio abrupto poderia gerar colapso logístico, queda na produtividade agrícola e instabilidade em sistemas de comunicação e transações financeiras. O Brasil não possui um sistema autônomo de navegação por satélite, o que o torna vulnerável a esse tipo de sanção.
Embora tecnicamente viável, o bloqueio do sinal GPS é considerado uma medida extrema. Desde 2000, os EUA descontinuaram o sistema de disponibilidade seletiva (SA), que permitia restringir o sinal por região. A nova geração de satélites GPS III não possui essa função, tornando o bloqueio improvável sem uma reconfiguração estratégica do sistema.
Caso o bloqueio se concretize, o Brasil teria que buscar acordos com sistemas alternativos como o russo GLONASS, o europeu Galileo ou o chinês BeiDou. No entanto, a adaptação técnica e diplomática pode levar de meses a anos.
A escalada diplomática ocorre após o STF determinar medidas cautelares contra Bolsonaro, incluindo uso de tornozeleira eletrônica e restrições de deslocamento. Trump teria interpretado a decisão como uma “declaração de guerra” contra os EUA.
Até o momento, o governo brasileiro não se pronunciou oficialmente sobre as ameaças. A próxima semana promete ser decisiva para os rumos da relação bilateral.
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