Secretária de Políticas Afirmativas do MIR deixa cargo e critica governo Lula
- Luana Valente
- 9 de abr.
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Na última terça-feira (8), Márcia Lima, então secretária de Políticas Afirmativas do Ministério da Igualdade Racial (MIR), anunciou sua saída do cargo, acompanhada de críticas contundentes à comunicação do governo federal. A decisão, segundo Lima, reflete insatisfações com a falta de autonomia em sua gestão e com a maneira como as ações do ministério têm sido divulgadas pelo governo Lula.
Márcia destacou que, embora a comunicação interna do MIR seja eficiente, o Palácio do Planalto falha em integrar e articular as iniciativas ministeriais, deixando projetos estruturantes à sombra de figuras públicas, como a ministra Anielle Franco. Ela também apontou a dificuldade de implementar políticas públicas de forma integrada entre diferentes pastas, citando como exemplo o programa Juventude Negra Viva, que, apesar de robusto e com investimento de R$ 660 milhões, teve pouca visibilidade.
“Não é a comunicação do ministério o problema, mas sim, a forma como o governo comunica sobre o ministério e outras pastas”, também declarou.
Outro ponto de tensão foi a perda de autonomia na formação de sua equipe, o que, segundo Márcia, foi decisivo para sua saída. Ela agora assume a Diretoria de Estudos e Políticas Sociais no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), onde espera encontrar maior liberdade para desenvolver propostas e pesquisas.
O governo federal ainda não se pronunciou oficialmente sobre as declarações de Márcia Lima. A saída da secretária ocorre em um momento de desafios para a gestão Lula, que enfrenta críticas sobre a comunicação e articulação de suas políticas públicas.
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