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Senado dos EUA barra tentativa de limitar poderes de Trump em ações militares contra Venezuela



Reprodução: fotomontagem
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O Senado dos Estados Unidos rejeitou, por 51 votos a 49, uma resolução que buscava limitar os poderes do presidente Donald Trump para ordenar ataques militares contra a Venezuela sem autorização prévia do Congresso. A decisão mantém nas mãos do chefe do Executivo a prerrogativa de agir de forma unilateral em relação ao país sul-americano.


A sessão realizada em Washington nesta quinta-feira (6) foi marcada por forte divisão partidária. Apenas dois senadores republicanos se juntaram aos democratas na tentativa de aprovar a medida, que tinha como objetivo reforçar os limites constitucionais sobre o uso da força militar. O resultado apertado reflete o apoio majoritário da bancada republicana à estratégia de Trump, que vem sinalizando há semanas a possibilidade de intensificar ações contra o governo de Nicolás Maduro.


A resolução rejeitada fazia parte de um esforço bipartidário liderado pelos democratas Tim Kaine e Adam Schiff, além do republicano Rand Paul. O texto buscava aplicar a chamada “War Powers Resolution”, legislação criada em 1973 para garantir que o Congresso tenha papel decisivo em operações militares prolongadas. Caso fosse aprovada, a medida teria exigido autorização legislativa antes de qualquer ofensiva direta contra a Venezuela.


Nos últimos dois meses, os Estados Unidos realizaram ao menos 16 ataques contra embarcações no Caribe e no Pacífico próximos à Venezuela, segundo relatos de parlamentares. Embora autoridades do governo tenham afirmado que não há planos imediatos de bombardear o território venezuelano, a ausência de uma justificativa legal clara para tais operações foi criticada por senadores da oposição.


Especialistas alertam que uma ação militar direta poderia ter consequências catastróficas para a estabilidade regional, ampliando tensões já existentes entre Washington e Caracas. A rejeição da resolução, portanto, abre espaço para que Trump mantenha uma postura mais agressiva sem precisar negociar com o Congresso.


A votação reforça a influência do Partido Republicano no Senado, que controla 53 cadeiras. Para analistas, o resultado demonstra a disposição da maioria republicana em respaldar a política externa intervencionista de Trump, mesmo diante de críticas sobre a legalidade e os riscos de uma escalada militar. Democratas, por sua vez, prometem continuar pressionando por novos mecanismos de controle e já estudam apresentar outra proposta semelhante.


Em resumo, a decisão do Senado norte-americano mantém Donald Trump com amplos poderes para decidir sozinho sobre possíveis ataques à Venezuela, evidenciando a polarização política em Washington e aumentando a incerteza sobre os próximos passos da política externa dos EUA na região.

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