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“Sou o inocente”, afirma Bolsonaro ao descartar possibilidade de prisão em meio a acusações de suposta tentativa de golpe

Edilson Rodrigues/Agência Senado
Edilson Rodrigues/Agência Senado

BRASÍLIA — Em coletiva realizada nesta quinta-feira (17), no Senado Federal, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou que não considera a possibilidade de ser preso, mesmo diante do pedido de condenação feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR). “Não passa pela minha cabeça a prisão. Sou inocente”, afirmou o político, que é réu em ação penal no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado.


A declaração ocorre dias após o procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresentar alegações finais solicitando a condenação de Bolsonaro por cinco crimes, incluindo liderança de organização criminosa armada e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. As penas somadas podem ultrapassar 40 anos de reclusão.


Durante a entrevista, Bolsonaro negou qualquer envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e criticou o relatório da PGR. “Não tem nada que me vincule a esses atos. Pessoas inocentes foram presas para justificar a minha prisão”, disse. Ele também alegou que estava nos Estados Unidos na data dos ataques e que não há mensagens suas relacionadas ao episódio.


Além das acusações judiciais, Bolsonaro comentou sobre o impacto das tarifas de 50% impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros. Segundo ele, estaria disposto a negociar diretamente com Trump para reverter a medida, sugerindo que uma audiência poderia “ter sucesso” caso recebesse autorização para representar o país.


O ex-presidente também defendeu a permanência de seu filho, Eduardo Bolsonaro, nos EUA, alegando que o deputado federal licenciado poderia ser preso caso retornasse ao Brasil. “Se Eduardo vier para cá, ele está preso. Vai ser preso no aeroporto”, afirmou.


A nova ofensiva da PGR intensifica o cerco judicial contra Bolsonaro, que busca apoio político e internacional para enfrentar as acusações. Ele aposta nas eleições de 2026 para o Senado como estratégia para “equilibrar os Poderes” e reforçar sua base de sustentação.

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