Traficante procurado é apontado como mandante da morte de irmão de deputada
- Luana Valente

- 1 de nov.
- 2 min de leitura

A Polícia Civil do Rio de Janeiro confirmou que o traficante Edgar Alves de Andrade, conhecido como “Doca” ou “Urso”, foi o mandante da execução de três médicos na Barra da Tijuca em outubro de 2023 — entre eles, Diego Ralf Bomfim, irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP). As mortes ocorreram por engano.
A investigação da Polícia Civil do Rio de Janeiro revelou que o assassinato de três médicos na Barra da Tijuca, zona oeste da capital fluminense, foi ordenado por Edgar Alves de Andrade, conhecido como “Doca” ou “Urso”, um dos líderes do Comando Vermelho. Entre as vítimas estava o ortopedista Diego Ralf Bomfim, irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP).
Segundo os investigadores, os criminosos confundiram um dos médicos com o verdadeiro alvo: o filho de um miliciano rival de Doca. A execução, portanto, foi resultado de uma identificação equivocada. Além de Diego, os médicos Persio de Souza Ribeiro Júnior e Marcus Vinícius Andrade Couto também foram mortos no ataque.
O crime teve ampla repercussão nacional, não apenas pela brutalidade, mas pelo fato de envolver profissionais da saúde e um erro fatal de reconhecimento. Após o triplo homicídio, os próprios executores foram mortos por ordem do “tribunal do tráfico”, supostamente a mando do próprio Doca, que teria se irritado com a repercussão negativa do caso.
Os corpos dos autores da execução foram encontrados dentro de dois veículos abandonados na Zona Oeste do Rio. A polícia acredita que a ação foi uma tentativa de silenciar os envolvidos e minimizar os danos à imagem da facção criminosa.
Doca, que tem mais de 30 mandados de prisão em aberto, é considerado um dos criminosos mais perigosos do estado. O governo do Rio de Janeiro oferece uma recompensa de R$ 100 mil por informações que levem à sua captura.
A deputada Sâmia Bomfim se manifestou publicamente após o crime, cobrando justiça e responsabilização dos envolvidos. O caso reacendeu o debate sobre a atuação de facções criminosas no Rio de Janeiro e os riscos enfrentados por civis em meio à guerra entre milicianos e traficantes.
A investigação segue em curso, com foco na prisão de Doca e na identificação de outros envolvidos na cadeia de comando da execução. A tragédia expõe, mais uma vez, a complexidade da violência urbana no estado e os impactos devastadores de erros em operações criminosas.






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