URGENTE: EUA pontuam que tarifas aplicadas ao Brasil estão relacionadas à censura e decisões judiciais
- Luana Valente

- 16 de out.
- 2 min de leitura

O governo norte-americano anunciou que tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros estão sendo aplicadas como resposta a preocupações com o Estado de Direito, censura e violações de direitos humanos no país.
O anúncio foi feito nesta quarta-feira (15), em Washington, pelo representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, durante coletiva de imprensa ao lado do secretário do Tesouro, Scott Bessent. Segundo Greer, 40% das tarifas impostas ao Brasil estão diretamente ligadas a “ações preocupantes do Judiciário brasileiro” e à “censura de empresas de tecnologia norte-americanas”.
Greer afirmou que um juiz brasileiro teria emitido ordens secretas exigindo que empresas dos EUA se autocensurem, o que, segundo ele, representa uma ameaça à liberdade de expressão e ao fluxo livre de informações. “Há uma deterioração do Estado de Direito no Brasil, especialmente em relação a oponentes políticos e à atuação do Judiciário”, declarou.
Reunião diplomática marcada para tentar reverter medidas
A declaração ocorre na véspera de uma reunião entre o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, marcada para esta quinta-feira (16), em Washington. Greer também participará do encontro, que tem como objetivo discutir as sanções comerciais e buscar alternativas diplomáticas.
O governo brasileiro ainda não se pronunciou oficialmente sobre as acusações, mas fontes diplomáticas indicam que o Itamaraty considera as medidas “excessivas e politizadas”. Parlamentares brasileiros, como o deputado Eduardo Bolsonaro, reagiram nas redes sociais, sugerindo que a “melhor solução é parar a perseguição nos tribunais e aprovar a anistia no Congresso”.
Impacto econômico e político
As tarifas, que entraram em vigor em agosto de 2025, afetam setores estratégicos da economia brasileira, incluindo agronegócio, tecnologia e manufatura. Segundo Greer, 10% das tarifas são parte de um regime recíproco aplicado globalmente, enquanto os 40% restantes são específicos ao Brasil devido às preocupações mencionadas.
Analistas apontam que a medida pode ter efeitos significativos nas exportações brasileiras e representa uma mudança no tom das relações bilaterais, tradicionalmente pautadas por cooperação econômica. A decisão também impulsiona a discussão sobre interferência judicial e liberdade de expressão no Brasil.






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