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8/1: advogada do DF é presa após se entregar na sede da Polícia Federal

Foto do escritor: Luana Valente Luana Valente

Margarida chegou à sede da Polícia Federal acompanhada por dois advogados. Ela é investigada pela corporação no âmbito da 17ª fase da Operação Lesa Pátria



A advogada brasiliense Margarida Marinalva de Jesus Brito foi presa no início da noite desta quarta-feira (27/9), após se entregar na sede da Polícia Federal (PF), em Brasília. Ele é alvo da 17ª fase da Operação Lesa Pátria, que apura os atos de 8 de janeiro. O decreto da prisão preventiva partiu do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).


Apesar de ter confidenciado a colegas considerar a prisão injusta, Margarida chegou à sede da corporação por volta de 18h45, acompanhada de dois advogados.


A advogada é investigada na operação por suspeita de recolhimento de aparelhos celulares de pessoas envolvidas nos atos antidemocráticos do 8 de janeiro, na Praça dos Três Poderes. De acordo com a investigação da PF, ela teria se apresentado para advogar para os presos, ainda em 9 de janeiro, e recebeu os aparelhos celulares — que após isso teriam tido informações apagadas.


Para os investigadores, essa foi a maneira encontrada por Margarida para prejudicar a apuração. A advogada teve o mandado de prisão expedido por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.


Ao todo, foram cumpridos pela manhã três mandados de prisão preventiva e 10 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Distrito Federal e Goiás. Margarida é conselheira da subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Águas Claras.


Em nota, a instituição defendeu a advogada e disse que desde o início das investigações sobre o envolvimento com os acusados dos atos antidemocráticos vem "atuando em favor da advogada, por considerar que as informações às quais tem acesso sobre o caso dão a entender que sua atuação se deu dentro dos limites da advocacia".


"Não tivemos ainda acesso à decisão para conhecer os fundamentos por ela invocados e saber quais as próximas providências, mas não admitiremos jamais a criminalização da advocacia", diz um trecho da nota. (confira a íntegra ao final do texto).


Nota OAB-DF


A OAB/DF informa que a dra. Margarida Marinalva é conselheira da Subseção de Águas Claras e que sua inscrição não possui qualquer registro de suspensão. Os procedimentos éticos dentro da OAB, por lei, são sigilosos e prezam pelo devido contraditório e ampla defesa.


Por fim, a OAB esclarece que, desde o início das investigações que deram origem ao decreto de prisão, tem atuado como terceiro interessado em favor de Margarida.


"O que temos até o momento nos autos dá a entender que sua atuação se deu dentro dos limites da advocacia. Não tivemos ainda acesso à decisão para conhecer os fundamentos por ela invocados e saber quais as próximas providências, mas não admitiremos jamais a criminalização da advocacia", diz o comunicado.



*Com informações do Correio Brasiliense


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