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Advogado de Almir Garnier pede anulação da delação de Mauro Cid em julgamento no STF


Gustavo Moreno STF
Gustavo Moreno STF


Durante sessão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), realizada em 2 de setembro de 2025, o advogado Demóstenes Torres, responsável pela defesa do ex-comandante da Marinha Almir Garnier, solicitou a anulação do acordo de delação premiada firmado pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro.


Torres classificou o acordo como “injurídico” e argumentou que sua homologação poderia acarretar “problemas jurídicos ao STF” A. Segundo o defensor, o pedido não se trata de nulidade, mas sim de rescisão, destacando que Cid teria fornecido informações imprecisas e, por diversas vezes, precisou corrigir declarações anteriores.


A delação de Cid é um dos principais elementos da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Garnier e outros réus acusados de envolvimento em uma suposta “trama golpista” para reverter o resultado das eleições de 2022. Cid afirmou que Garnier integrava a “ala radical” do entorno de Bolsonaro e que teria colocado a Marinha à disposição do então presidente para uma eventual intervenção militar, condicionada ao apoio do Exército.


Durante sua sustentação oral, Torres também contestou a veracidade de uma reunião citada pela PGR, supostamente ocorrida em 7 de dezembro de 2022, na qual Garnier teria manifestado apoio à decretação de medidas de exceção. O advogado negou que tal encontro tenha ocorrido e criticou o uso de mensagens atribuídas ao ex-ministro Walter Braga Netto como prova de adesão ao plano golpista.


Além disso, Torres acusou a PGR de violar o princípio da congruência ao incluir dois novos fatos nas alegações finais — a interpretação de um desfile da Marinha como ato pró-golpe e a ausência de Garnier na cerimônia de passagem de comando das Forças Armadas — que não constavam da denúncia original.


A defesa de Garnier também reiterou que, mesmo que houvesse intenção de executar o plano, os envolvidos teriam desistido de colocá-lo em prática, citando como exemplo o episódio em que o ex-procurador-geral Rodrigo Janot teria planejado um atentado contra um ministro do STF, mas recuou.


O julgamento segue com as manifestações das demais defesas e poderá definir o futuro judicial dos acusados no núcleo central da suposta tentativa de



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