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Oposição pede suspensão de julgamento após fala de Eduardo Tagliaferro


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A sessão da Comissão de Segurança Pública do Senado realizada nesta terça-feira (2), ganhou contornos explosivos após o depoimento do perito Eduardo Tagliaferro, ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em participação remota, Tagliaferro fez acusações graves contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), alegando que houve manipulação de provas e atuação fora dos limites legais durante sua gestão no TSE.


Segundo o ex-assessor, relatórios produzidos pela equipe do TSE eram usados para abastecer inquéritos sob relatoria de Moraes no STF, com menor burocracia e suposta intenção de incriminar alvos políticos específicos. Tagliaferro afirmou ainda que recebeu ordens para “construir uma história” que sustentasse material comprobatório contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.


A repercussão foi imediata entre senadores da oposição. Flávio Bolsonaro (PL-RJ), presidente da comissão e filho do ex-presidente, classificou as revelações como “gravíssimas” e defendeu a suspensão do julgamento de Bolsonaro, iniciado no STF no mesmo dia. A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) foi ainda mais enfática: “Esse magistrado tinha que ser preso hoje, e o ministro Barroso teria que interromper esse julgamento hoje”.


Outros parlamentares, como Eduardo Girão (Novo-CE) e Esperidião Amin (PP-SC), sugeriram que os documentos apresentados por Tagliaferro sejam levados a instâncias internacionais e usados como base para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar suposta perseguição política por membros do Judiciário.


O julgamento em questão envolve Bolsonaro e sete aliados, acusados de tentativa de golpe de Estado e outros crimes relacionados aos atos de 8 de janeiro. A oposição agora articula o envio dos documentos ao STF, ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ao Ministério Público e até ao governo dos Estados Unidos, alegando fraude processual e violação de direitos humanos.


Enquanto isso, parlamentares da base governista se mantiveram distantes da audiência, e o STF prossegue com a análise da ação penal, que pode resultar na prisão para o ex-presidente.



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