Advogado de Trump acusa Moraes de “abusos históricos” e critica reação simbólica dos brasileiros

Redes Sociais

No sábado (22), Martin de Luca — advogado da Trump Media e representante de Donald Trump em ações judiciais nos Estados Unidos — publicou em suas redes sociais uma espécie de “linha do tempo” das decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O jurista acompanha de perto a política brasileira desde que patrocinou, na Justiça Federal da Flórida, uma ação contra Moraes em nome das empresas Rumble e Trump Media.

De Luca afirmou que a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, decretada por Moraes, representa um ato de excesso judicial e cria tensões diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos. Segundo ele, a medida desmonta meses de negociações conduzidas pelo governo brasileiro para estreitar relações comerciais com Washington.

Linha do tempo dos “abusos”

Em sua publicação, o advogado destacou episódios que, em sua visão, demonstram uma escalada autoritária:

• Prisão de apoiadores de Bolsonaro: segundo De Luca, a reação popular se limitou a protestos simbólicos.

• Censura às redes sociais: o ministro teria ampliado sua influência até os EUA, atingindo plataformas e cidadãos americanos.

• Inelegibilidade de Bolsonaro: classificada por ele como baseada em “pretextos falsos”.

• Condenação rápida de Bolsonaro: manifestações ocorreram, mas foram pequenas e insuficientes para alterar o quadro político.

• Congelamento da lei de anistia no Congresso por Davi Alcolumbre: novamente, apenas protestos isolados.

• Prisão preventiva de Bolsonaro: De Luca afirma que a resposta continua restrita a ruídos online e pequenas multidões nas ruas.

O advogado lamentou que os brasileiros respondam a medidas que considera abusivas apenas com gestos simbólicos, como marchas e manifestações pontuais. Para ele, essa postura transmite ao sistema político a mensagem de que pode intensificar seus atos sem enfrentar consequências reais.

As críticas de De Luca não se limitam ao cenário interno. Ele afirmou que a decisão de Moraes sabota a diplomacia brasileira, prejudicando o trabalho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice Geraldo Alckmin para estabilizar as relações com os Estados Unidos Notícias R7 +1. O advogado ressaltou que, na véspera da prisão de Bolsonaro, Washington havia sinalizado boa vontade ao reduzir tarifas sobre produtos brasileiros, gesto que, segundo ele, foi neutralizado pela decisão do STF.

As declarações de Martin de Luca reforçam o tom de alerta sobre o impacto das decisões do Supremo Tribunal Federal na política interna e nas relações internacionais do Brasil. Ao falar em “abusos históricos” e na fragilidade da reação popular, o advogado de Trump insere o debate brasileiro em um contexto global, ampliando a pressão sobre o Judiciário e expondo tensões diplomáticas que podem se intensificar nos próximos meses.