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Aldo Rebelo acusa Moraes de tentativa de intimidação

Reprodução/X Aldo Rebelo
Reprodução/X Aldo Rebelo

O ex-ministro da Defesa Aldo Rebelo (foto) afirmou neste sábado, 24, ter sido alvo de uma tentativa de intimidação por parte do ministro Alexandre de Moraes,  do Supremo Tribunal Federal (STF), durante audiência realizada na sexta no âmbito da ação penal que apura uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.


Aldo depôs como testemunha de defesa do ex-comandante da Marinha Almir Garnier, que é réu no processo por, segundo a Procuradoria-Geral da República, ter aderido ao plano de Jair Bolsonaro para anular o resultado das eleições. 


Durante o depoimento, como mostramos, Moraes ameaçou prender o ex-ministro por desacato.

Em entrevista ao Uol, Aldo disse que Moraes tentou intimidá-lo. 


“O que houve ali foi uma tentativa de intimidação de testemunha. O juiz pode não considerar o depoimento, mas pressionar uma testemunha, não”, afirmou. 


Ele também disse que não se sentiu ameaçado, mas acredita que Moraes deve um pedido de desculpas


“Talvez ele não quisesse fazer isso na hora, mas pode fazer depois. É o que espero que venha a acontecer.”


“Acho que [Moraes] deveria pedir desculpas”, disse. “Talvez, não quisesse fazer isso na hora, mas pode fazer depois”.


Ao Estadão, Aldo foi mais enfático: 


“Recebi como uma anomalia própria dos tempos difíceis que estamos vivendo. Evidentemente foi uma tentativa de intimidação de testemunha.

Minha geração lutou contra a repressão do regime militar, quando isso representava um risco para a própria vida, e claro que não tenho o direito de me deixar intimidar em plena democracia.”


Ameaça de prisão

A discussão teve início quando Rebelo comentava uma possível fala de Garnier sobre colocar suas tropas “à disposição” do ex-presidente Jair Bolsonaro.


Segundo o ex-ministro, a língua portuguesa admite forças de expressão, portanto, o comentário do ex-comandante da Marinha não deveria ser interpretado de maneira literal.


“É preciso levar em conta que, na língua portuguesa, nós conhecemos aquilo que se usa muitas vezes, que é a força da expressão. A força da extração nunca pode ser tomada literalmente. Então, quando alguém diz ‘estou à disposição’, a expressão não deve ser lida literalmente”, disse Rebelo.


Moraes retrucou o ex-ministro dizendo que ele “não tem condições de avaliar a língua portuguesa naquele momento”.


“Atenha-se aos fatos”, completou.


Rebelo disse que a “apreciação da língua portuguesa”era própria e não admitiria “censura”.

Moraes, então, ameaçou prender o ex-ministro por desacato.



Via O Antagonista




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